sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Ora façam favor de entrar!

Bem vindos ao nosso blog pessoal! A associação é ricos em ovos orgulha-se de ter nas suas fileiras gente da fibra de uns Bttopo ou de umas antas! Embalado pela vossa promessa, prometo eu tambem! Para o ano que vem levamos moscatel! De Setúbal claro. Abraço e vão postando que a malta vai lendo.

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

"Pichas" vs BTT - Iniciação ao BTT - ARRÁBIDA 25\10\2008

SERRA DA ARRÁBIDA - SETÚBAL
25\10\2008


É curiosa a forma como ocupamos os tempos à medida que caminhamos pelas etapas da vida.
Quando éramos miudos de rua, daqueles miudos do antigamente que passavam mais tempo na rua do que em casa ou na escola, daqueles miudos na tenra idade dos 10\15 anos que nunca param sossegados e estão sempre a fazer coisas, daqueles miudos que tinham que estar sempre a fazer alguma coisa e quando não havia coisa alguma para fazer iam fazer qualquer outra coisa, quando éramos desses miudos de rua estávamos sempre a fazer coisas. E essas coisas eram desporto.
Eram variadissímas coisas.

Depois deixámos de ser esses miudos e deixámos de fazer essas coisas. Passámos a fazer outras coisas. Coisas que eram saudáveis perderam-se e coisas da adolescência apareceram. Abandonámos as coisas que eram desporto.

Alguns anos mais tarde e a pouco e pouco, já homens, e mais a pouco e pouco alguns dos homens quiseram voltar a ser miudos. Hoje alguns de nós somos miudos todos os dias. Outros há que são miudos muito menos amiude. E ainda há outros que nunca mais se lembraram de ser miudos.

Neste espírito viciante de ser miudo, tentamos arrastar os que nunca mais voltaram.
Uma das mais recentes vitimas foi o nosso amigo "Pichas". Escolhemos uma manhã de sábado e arranjámos uma bicicleta para o reiniciar nas coisas de miudos. "Pichas" vs BTT


Depois de uma prova é sempre bom voltar a casa. A nossa casa é a Arrábida e a Arrábida puxa sempre a saudade e à saudade responde-se sempre com um regresso, o regresso à Arrábida.
Em casa recebemos "Pichas".

A manhã era solarenga e fresca. Nada que molestasse. A ideia era fazer pouco mais que 15\20 km para não estafar e desmoralizar o regressado miudo.
O percurso escolhido foi básico e usual. Tendencialmente quisemos incluir sofrimento (uma ou outra subida leve) e prazer (trilhos mais adrenalizantes).
E assim foi. Pela Baixa de Palmela, Estrada da Cobra acima, a típica subida aos moinhos de Palmela e continuando sempre por diante moinhos fora, a belissíma descida da Lente, depois rolar por Vale de Barrios fora e regresso a casa.

Foi uma excelente volta para desentorpecer as pernas de quem não pratica desporto à anos. Prova superada para o convidado. Partiu, regressou, superou os obstáculos físicos e técnicos com maior ou menor dificuldade. Ao que parece, gostou e prometeu repetir. Assim desejamos que seja.
Desejamos que todos os miudos voltem.... e que voltem sempre a ser miúdos.


nanex.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

IV BTT Trilhos da Raia - IDANHA A NOVA 19/10/2008

IDANHA-A-NOVA (CASTELO BRANCO) 2008
19\10\2008





Inscrição: 15 euros
Km anunciados: 45 km
Localização: Idanha-a-Nova - Castelo Branco (295 km)
Eis a 3ª prova do ano. Havia que rumar até Idanha-a-Nova (terra do amigo Daniel) mas desta vez com a companhia do herói dos Pirinéus (vide http://aventurasasolo.blogspot.com/).
A prova decorria num domingo pelo que decidimos arrancar de véspera com estadia prometida em casa de um amigo que depois acabou por não estar disponível.

No entanto, a organização, excelente a todos os níveis por sinal, disponibilizou o Pavilhão da Escola para dormidas. Confesso que nunca me tinha passado pela cabeça que algum dia teria de escolher entre dormir no círculo do meio campo, na área ou mesmo dentro da baliza.


Nessa noite, depois de jantarmos no café da terra e ver a bola simultaneamente, depois de ver Marco Chagas (esse ícone do ciclismo de outros tempos, agora excelente comentador da mesma modalidade na RTP), e de ver uma demonstração de free-style, ainda tivemos tempo para fazer amizades já à porta do “hotel”, vulgo Pavilhão Gimnodesportivo. O bem-dispostíssimo grupo do BTTopo com quem trocámos e partilhámos aventuras e com quem nos estreámos a beber uma cerveja home-maid engarrafada e tudo. Incrível.

A partida foi quase a horas. Um pequeníssimo atraso que nem é digno desse nome. Fazia um frio de rachar pelo que os primeiros km´s foram sempre a sofrer por esse mesmo motivo. Depois passou com a ajuda de um Sol sempre presente.

Muito perto do momento da partida no recinto da Feira Raina. Estavamos colocados um pouco mais à esquerda…


O arranque foi muito rápido proporcionado por uma descida leve que nos conduziu por entre Idanha-a-Nova fora até às imediações campestres.



A prova é toda ela de uma componente técnica baixa sem trilhos ou single tracks relevantes. Ainda assim apresentou-se bastante agradável pluralisticamente alternando entre percursos pitorescos de cariz rural muito próprio da região (por caminhos e muros de pedra castanha, alguns deles dos tempos dos romanos certamente) e percursos mais amplos circundando o leito das águas da barragem e com uma passagem pela própria barragem.




Com o sol que se mostrou sempre prestável, eis um momento de encanto a fazer sentir que as bicicletas se transformaram em cavalos e os tempos haviam regressado à época medieval.
Também não houve subidas com grande exigência física, à excepção de uma ou outra mas de curta duração.


Percorri os 50 km´s (45 anunciados) numa toada leve e tranquila e por esse motivo e pelas características já referidas do traçado, senti que no fim poderia ter dado mais.






Aquelas vacas lá ao fundo… passámos bem perto delas. Em algumas ocasiões até deu para sentir o bafo quente.



Os pontos de abastecimento não eram fartos em variedade mas eram-no em quantidade e os elementos da organização apresentaram-se sempre disponíveis e simpáticos. De realçar uns bolinhos secos que comi logo no primeiro que eram divinais, e um outro que estava situado em Idanha-a-Velha, por sinal um belíssimo local de passagem!
No último chek-point informaram-me que o Vitor Gamito, outro grande nome do ciclismo de Portugal, tinha acabado de passar. Pensei: “mas afinal isto é só gente conhecida? É alguma prova de velhas glórias? “

A chegada levou-nos de regresso a Idanha-a-Nova mas de forma inversa, ou seja, se a partida foi a descer, agora havia que subir.
Sempre por alcatrão e por me sentir ainda com forças resolvi acompanhar a pedalada do Vitor, que vinha avistando no meu horizonte desde à minutos a esta parte e foi sempre a dar o máximo até final.
A meta ficava no mesmo sitio onde se realizara a partida mas com um pequeníssimo circuito feito com fitas e que contava com alguns obstáculos. Eu cai numa pedra e o Rui bateu numa árvore. Como diria um jogo de Spectrum 48k “driver unhurt”.
O almoço ia ser exactamente neste recinto, o da meta, e os banhos seriam no nosso conhecidíssimo “hotel”: o Pavilhão Gimnodesportivo.


Aqui estavam os bichos já devidamente “espetados” e à nossa espera.

O almoço: porco no espeto com acompanhamento de arroz com feijão, batata frita, salada e bebida à descrição, que incluía vinho, sumos e imperial estupendamente viva! Um pitéu que mereceu honras de repetição.


Conclusão final: 50 km´s que se fazem sem grande dificuldade e em que as paisagens absorvem
a falta de trilhos e momentos de adrenalina. O percurso foi muito bem delineado
e estava todo ele muito bem sinalizado.

- o melhor: é difícil dizer… mas acho que devo realçar a excelente organização
por ter disponibilizado local de dormidas, pelo percurso escolhido, pela simpatia.


- o pior: nada a salientar excepto talvez a inclusão de um ou outro single track
que toda a gente gosta.


Frase que a marca: “Enquanto piso uma bosta não furo um pneu”. Reflecte a cautela necessária
aquando da passagem pelas zonas onde pastavam as vacas por forma a
evitar as enormes fezes destes bovinos.
nanex.

1º Raid BTT - JUNCAL 28/09/2008

JUNCAL (LEIRIA) 2008
28\09\2008










Organização:www.clube.bttjuncal.com.sapo.pt
Inscrição: 8 euros
km anunciados: 45 km
Localização: Juncal-Porto de Mós-Leiria (167 km)



Acordei perto das 05.30 horas da manhã para me fazer à estrada pelas 06.30 horas com chegada prevista ao Juncal quando fossem 08:30 horas.
A viagem é feita quase toda por auto-estrada exceptuando os últimos km, mas coisa pouca. Atenção: quando se sai da auto-estrada, deve-se virar à direita e depois é sempre em frente.

Cumpri o horário estipulado e cheguei à hora prevista. Não havia fila na secretaria pelo que foi sempre a andar até estar no ponto de partida.
Fiquei mais ou menos no meio do pelotão. A partida estava agendada para as 09:00 horas.
Mais nada a assinalar. Estava uma bela manhã de sol, um pouco fresca ao inicio, mas nada de mais.



150 participantes à partida.


Foram 15 os minutos de atraso.


Na partida alguns Bttistas estavam com mais pressa… resolvi seguir no meu próprio ritmo.


A prova em si começou com 15 minutos de atraso.
Um inicio rápido pela vila fora com uma passagem muito gira por entre um pomar.
A prova foi marcada toda ela por grande dificuldade técnica em algumas descidas e principalmente nas subidas, duríssimas diga-se. As descidas também a determinado momento moeram todo o meu ser.
A publicidade que a organização fizera aos single tracks e trilhos agradáveis fez jus à realidade. Muito, muito bom.
A reter: comecei talvez depressa demais e esgotei-me demasiado cedo. Grande parte da prova em sofrimento e em quebra. Talvez se deva também às poucas horas dormidas (entre 4 e 5 horas mal dormidas)
Ainda assim merece garantidamente uma visita no próximo ano!




Uma ligação asfaltada já no último terço da prova.









Fiz uma boa parte da prova como mostram as fotos: solitariamente. Penso que estive no centro da acção, ou seja, o pelotão partiu-se pelo meio e fiquei isolado entre ambas as partes. Só de quando em vez aparecia um Bttista para ultrapassar ou eu próprio era ultrapassado.
Houve sempre um grande fair-play entre os que fui encontrando.
Já mais perto do final é que apareceu um puto novo que já me estava a chatear porque ultrapassava-me e depois parava e depois ultrapassava-me outra vez e assim sucessivamente em mais uma ou outra ocasião.




Perto do fim um caminho pedestre feito em madeira e com a distância de 1 km localizado num vale, foi giro de se fazer





Chegada à vila já perto do final com um adversário à vista que seguia numa pedalada forte. Aproveitei o seu ritmo e fui à boleia até à meta.

A chegada é rápida nos 2 últimos km aproximadamente e por se tratar de uma vila, obviamente que não se percorrem muitas ruas. Ainda assim foi bastante satisfatória e apesar de estar bastante desgastado senti que poderia ter dado mais nesta última etapa. A distância bateu certinha com o anunciado, ou seja, 45 km. Boa fita métrica a da organização!
Nota negativa para os banhos (balneário junto à secretaria) pois o balneário não tinha condições: pequeníssimo e sem água quente. Valeu o bom espírito dos presentes para ultrapassar as adversidades.
Encontrar a zona de almoços não foi dificil depois de perguntar a direcção à organização.
Todo o pessoal foi extremamente simpático e a refeição estava uma maravilha. Foi repetir até mais não. Eis o menu:
- Sopa da Pedra
- Grelhada Mista
- Água, sumos, cerveja, coca-cola e vinho
Só faltou uma sobremesa e o cafezinho… Mas das prendas oferecidas (muitas por sinal) constava uma saqueta de Kit Kats em bolinhas que fez as delicias do meu paladar.


À mesa pois claro, a encher a pança. Nada que não fosse merecido. Trocámos algumas impressões sobre a prova e de maneira geral todos gostaram.



Conclusão final: apesar da dureza da prova, merece sem dúvida destaque no calendário do
próximo ano.

- O melhor: single tracks sem fim; trilhos maravilha; boas paisagens; simpatia da
organização.
- O pior: só os banhos mas nada de mais.

Frase que marca a prova: “não sei se prefiro as descidas se as subidas” foi o que eu disse no fim
porque eram trilhos longos e que obrigavam a grande concentração,
destreza e força.




nanex.

3ª Mini-Maratona BTT - PONTE DE SOR 20/09/2008

PONTE SÔR (ALTO ALENTEJO)
20\09\2008





Organização: http://www.bttsor.com/
inscrição: 17 euros
km anunciados: 60 km
localização: Ponte-de-Sor (153km)
Ei-la, a primeira prova do ano.



A minha condição física ainda deixava muito a desejar mas a vontade de partir e rolar em terra alheia ajudava a superar essa lacuna. Eram 60 km anunciados à partida…
Na véspera saí do trabalho e corri para casa para arrumar toda a trolha necessária para a maratona e a uma mala de viagem com roupinha e outras coisas para o fim-de-semana. Depois de Ponte de Sôr, havia S. Mateus em Elvas e a família já lá estava.
Já não me lembro bem a que horas parti mas não devia andar longe das 06:30 horas da manhã. Demasiado tarde como viria a constatar.
O caminho até lá não tem muito que enganar: Até Montemor-o-Novo é terreno conhecido e depois é mais ou menos sempre a direito. Tive de carregar no acelarador para recuperar algum tempo perdido, especialmente porque já saí tarde de Setúbal como referi e porque ainda parei logo depois (a bicicleta soltou-se do suporte do tejadilho. Felizmente ficou presa pelas fitas que amarram as rodas ao mesmo suporte, senão lá ia um bicicleta à vida).


Cheguei a Ponte de Sôr eram exactamente 09:00 horas e ouvia o disparo que anunciava o inicio da prova.



Eles já lá iam e eu acabadinho de chegar….

A organização foi excepcional a indicar-me a secretaria e um caminho alternativo para apanhar o pelotão que já desaparecera por entre as ruas e avenidas e sumira do meu horizonte. Mas ainda assim perdi-me dentro da localidade. Eu e um casal muito simpático que seguia perdido atrás de mim convicto de que eu sabia o caminho a seguir. Ia-mos exactamente no sentido contrário. Valeu o télemovel destes cinquentões para ligar à organização que nos recolocou no trilho certo.
O tempo estava agradável. Uma autentica manhã de Primavera. Foi uma pena ter-me esquecido do leitor MP3 (perdera uma hora de véspera a carregá-lo com som propositadamente para utilizar neste evento), das luvas, dos óculos e da máquina fotográfica para registar alguns momentos. Ficou tudo na mala do carro. É o que dão as pressas e os atrasos.


A prova em si consistiu de 63 km muito rolantes, ou seja, sem grandes subidas de maior (uma ou outra mais dura e longa) e sem descidas muito radicais. Single tracks e trilhos também não abundaram.

Ainda assim foi desgastante obviamente pela distância e também pelo areal que foi uma constante nos estradões e caminhos.
Nota positiva para a típica paisagem alentejana, passando por entre quintas e montes, que me agradam em especial.


Por várias vezes ouve que molhar os pésinhos. Algumas travessias de ribeiros e riachos a isso obrigaram, alguns deles localizados em zonas muito bonitas.

Zona bonita foi a passagem pela Barragem de Montargil. Infelizmente não ouve como fugir a um grande areal que tivemos obrigatoriamente que atravessar e só possível de se fazer desmontado. Mas tudo bem porque os trilhos seguintes compensaram, rolando e seguindo sempre à volta da barragem (que diga-se eu não conhecia e atenção, um sitio a considerar para vir fazer uma pescaria e acampar. Eram às dúzias os pescadores. Mas vi uns recantos sem ninguém que eram mesmo “spoters”)

Passando uma velha ponte já na Barragem de Montargil. Os pescadores estavam animados apesar da fraca pescaria. Assim mo disseram quando os interroguei sobre isso mesmo, sem parar .


Depois foi continuar sempre a disfrutar a tranquilizante aura alentejana e subir até Ponte de Sôr novamente, facto que me levou o resto das forças.
No fim uma passagem pelo jardim da cidade, à beira-rio (??? Não sei bem se era um rio. Pareceu-me mais um lago) para transpirar as últimas gotas de suor e estava feito!!!


À chegada depois de um semi-sprint do jardim da cidade até à meta

Conclusão final: uma prova marcada pela areia e pelo desgaste de 63 km, mas onde o prazer
proporcionado pela paisagem e pelos ares do Alentejo sobrepôs-se a tudo mais.
Para o ano é de ir outra vez. Até porque fica de caminho para Elvas e o seu
S.Mateus.

- O melhor: boas paisagens; simpatia da organização; muitos pontos de
abastecimento incluindo no fim da prova; a Barragem de Montargil.
- O pior: a areia (mas contra isso nada a fazer); a pouca sinalização tanto à saida da
localidade (culpa minha por ter chegado atrasado) mas também ao longo do percurso onde uma ou outra curva mais sinuosa fugia do campo de visão e os sinais igualmente.


Ah, e apesar do ensopado de borrego que me aguardava em Elvas, talvez tivesse sido melhor almoçar lá. Os banhos foram na escola com balneário impecável.

Frase que marca a prova: “$#%”#” da areia, dassss” e também
“Aaaah, o meu belo Alentejo!” e ainda
“Barragem Montargil um sitio a reter para vir acampar”
TEMOS MAIS OVOS QUE O ARMSTRONG