quarta-feira, 29 de outubro de 2008

3ª Mini-Maratona BTT - PONTE DE SOR 20/09/2008

PONTE SÔR (ALTO ALENTEJO)
20\09\2008





Organização: http://www.bttsor.com/
inscrição: 17 euros
km anunciados: 60 km
localização: Ponte-de-Sor (153km)
Ei-la, a primeira prova do ano.



A minha condição física ainda deixava muito a desejar mas a vontade de partir e rolar em terra alheia ajudava a superar essa lacuna. Eram 60 km anunciados à partida…
Na véspera saí do trabalho e corri para casa para arrumar toda a trolha necessária para a maratona e a uma mala de viagem com roupinha e outras coisas para o fim-de-semana. Depois de Ponte de Sôr, havia S. Mateus em Elvas e a família já lá estava.
Já não me lembro bem a que horas parti mas não devia andar longe das 06:30 horas da manhã. Demasiado tarde como viria a constatar.
O caminho até lá não tem muito que enganar: Até Montemor-o-Novo é terreno conhecido e depois é mais ou menos sempre a direito. Tive de carregar no acelarador para recuperar algum tempo perdido, especialmente porque já saí tarde de Setúbal como referi e porque ainda parei logo depois (a bicicleta soltou-se do suporte do tejadilho. Felizmente ficou presa pelas fitas que amarram as rodas ao mesmo suporte, senão lá ia um bicicleta à vida).


Cheguei a Ponte de Sôr eram exactamente 09:00 horas e ouvia o disparo que anunciava o inicio da prova.



Eles já lá iam e eu acabadinho de chegar….

A organização foi excepcional a indicar-me a secretaria e um caminho alternativo para apanhar o pelotão que já desaparecera por entre as ruas e avenidas e sumira do meu horizonte. Mas ainda assim perdi-me dentro da localidade. Eu e um casal muito simpático que seguia perdido atrás de mim convicto de que eu sabia o caminho a seguir. Ia-mos exactamente no sentido contrário. Valeu o télemovel destes cinquentões para ligar à organização que nos recolocou no trilho certo.
O tempo estava agradável. Uma autentica manhã de Primavera. Foi uma pena ter-me esquecido do leitor MP3 (perdera uma hora de véspera a carregá-lo com som propositadamente para utilizar neste evento), das luvas, dos óculos e da máquina fotográfica para registar alguns momentos. Ficou tudo na mala do carro. É o que dão as pressas e os atrasos.


A prova em si consistiu de 63 km muito rolantes, ou seja, sem grandes subidas de maior (uma ou outra mais dura e longa) e sem descidas muito radicais. Single tracks e trilhos também não abundaram.

Ainda assim foi desgastante obviamente pela distância e também pelo areal que foi uma constante nos estradões e caminhos.
Nota positiva para a típica paisagem alentejana, passando por entre quintas e montes, que me agradam em especial.


Por várias vezes ouve que molhar os pésinhos. Algumas travessias de ribeiros e riachos a isso obrigaram, alguns deles localizados em zonas muito bonitas.

Zona bonita foi a passagem pela Barragem de Montargil. Infelizmente não ouve como fugir a um grande areal que tivemos obrigatoriamente que atravessar e só possível de se fazer desmontado. Mas tudo bem porque os trilhos seguintes compensaram, rolando e seguindo sempre à volta da barragem (que diga-se eu não conhecia e atenção, um sitio a considerar para vir fazer uma pescaria e acampar. Eram às dúzias os pescadores. Mas vi uns recantos sem ninguém que eram mesmo “spoters”)

Passando uma velha ponte já na Barragem de Montargil. Os pescadores estavam animados apesar da fraca pescaria. Assim mo disseram quando os interroguei sobre isso mesmo, sem parar .


Depois foi continuar sempre a disfrutar a tranquilizante aura alentejana e subir até Ponte de Sôr novamente, facto que me levou o resto das forças.
No fim uma passagem pelo jardim da cidade, à beira-rio (??? Não sei bem se era um rio. Pareceu-me mais um lago) para transpirar as últimas gotas de suor e estava feito!!!


À chegada depois de um semi-sprint do jardim da cidade até à meta

Conclusão final: uma prova marcada pela areia e pelo desgaste de 63 km, mas onde o prazer
proporcionado pela paisagem e pelos ares do Alentejo sobrepôs-se a tudo mais.
Para o ano é de ir outra vez. Até porque fica de caminho para Elvas e o seu
S.Mateus.

- O melhor: boas paisagens; simpatia da organização; muitos pontos de
abastecimento incluindo no fim da prova; a Barragem de Montargil.
- O pior: a areia (mas contra isso nada a fazer); a pouca sinalização tanto à saida da
localidade (culpa minha por ter chegado atrasado) mas também ao longo do percurso onde uma ou outra curva mais sinuosa fugia do campo de visão e os sinais igualmente.


Ah, e apesar do ensopado de borrego que me aguardava em Elvas, talvez tivesse sido melhor almoçar lá. Os banhos foram na escola com balneário impecável.

Frase que marca a prova: “$#%”#” da areia, dassss” e também
“Aaaah, o meu belo Alentejo!” e ainda
“Barragem Montargil um sitio a reter para vir acampar”

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TEMOS MAIS OVOS QUE O ARMSTRONG